quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Amigos imaginarios

Clique na imagem para ler

O caso da tirinha é diferente do que fala o texto abaixo, pois o texto (retirado do site Brasil Escola) se direciona a crianças.

O amigo imaginário é o que se pode chamar de uma construção simbólica, presente em grande parte das vivências infantis, entre os três e sete anos de idade. Alguns autores indicam que é o que se pode chamar de experiência de um nível saudável de esquizofrenia, importante para a construção da personalidade das crianças. Existem autores que defendem que o amigo imaginário não é apenas uma fantasia da criança. É o que se pode chamar de um delírio. Pode-se entender, a partir de leituras como essa, que os amigos imaginários representem os conteúdos recalcados da vida infantil. Motivo este que normalmente representa um poder maior sobre a própria vida que a criança. Assim, o amigo imaginário representaria o retorno desses conteúdos projetados para fora no outro imaginado.
Quando aparecem os amigos imaginários?
Quando a criança começa a aumentar seu vocabulário, completando frases, adquirindo capacidades como a de contar e comer sozinha, o que ocorre por volta dos três anos, é comum que elas passem por processos como o de construção de um Amigo Imaginário durante a fase lúdica.
Algumas pessoas acreditam que os amigos imaginários sejam privilégio de crianças pequenas e que sua presença nas relações de crianças maiores indicaria algum tipo de desvio, mas isso não é verdade. Pesquisadores como Marjorie Taylor defendem a ideia de normalidade no comportamento de ter um amigo imaginário. Alguns casos investigados mostram pessoas que conservam o Amigo Imaginário até a idade adulta. Pesquisas da Universidade de Stanford mostram que entre 20 e 30% das crianças apresentam, pelo menos temporariamente, uma companhia invisível.
A criança realmente vê o amigo imaginário?
Não. É importante ressaltar que as crianças, em sua maioria, têm consciência de que os amigos imaginários não são reais e só existem na sua imaginação. Por mais que sejam capazes de fazer descrições extremamente detalhadas sobre seus amigos, as crianças não os estão vendo. A distinção entre a relação estabelecida com o amigo imaginário ou com um personagem fruto de um delírio patológico não é difícil. Isso porque, no caso do amigo imaginário, a criança está sempre no controle, ou seja, nunca é dominada pela personagem que criou. Além disso, o tempo de duração da relação é bastante distinto em ambos os casos.
Por que os amigos imaginários aparecem?
Os amigos imaginários podem ter diferentes funções na vida de uma criança. A maioria dos casos acontece quando a criança, de alguma forma, sente-se sozinha. Estudos da Universidade de Oregon afirmam que 70% das crianças que tinham amigos imaginários eram os filhos mais velhos ou filhos únicos. Outras dimensões importantes são as mudanças drásticas na rotina das crianças: quando entram na escola, quando deixam de ser filhos únicos, quando um dos pais se ausenta por longos períodos, quando a criança perde um ente afetivamente relevante, quando muda de casa etc. Nesses momentos, o amigo imaginário aparece com a função de aliviar o penoso processo de transição. Quando as situações se restabelecem, a tendência é que os amigos imaginários desapareçam. O amigo imaginário pode aparecer ainda em momentos em que a criança tem dificuldades em aceitar as regras que lhe são impostas. Assim, esse companheiro realiza as atividades que lhe são impedidas. Podem também funcionar como conselheiros, apontando erros e acertos, fornecendo os reforços que a criança precisa para continuar, por exemplo, uma atividade escolar.

Um comentário:

  1. Cade os créditos da tirinha do João Montanaro? Ele fez essa tirinha com 13 anos de idade. Não é possível que vcs não vão citá-lo. Lamentável o plágio.
    http://joaomontanaro.blogspot.com.br/2011/09/dudes.html

    ResponderExcluir