O “Toro Jubilo” é um terrível festival espanhol que acontece todo ano no mês de novembro, em Medinaceli, vila da província de Soria. É mais um dos festivais de exploração de animais que ocorre no país, tão sádico quanto as corridas de touro, mas um pouco diferente. As informações são do Daily Mail.
Neste festival, o touro, sua vitima indefesa, é chamado de “toro de fuego” (literalmente, touro de fogo) por um motivo brutal. O animal é amarrado, imobilizado e pedaços de pano de algodão embebidos em alcatrão são fixados em um suporte que é, anteriormente, preso em seus chifres para que um participante, por fim, ateie fogo. Esta bárbara festa, que ativistas dos direitos animais lutam pelo banimento, é considerada como um dos marcos culturais do calendário de entretenimento da região de Soria.
Após o fogo ser ateado, é fácil de confundir os chifres do touro com duas tochas flamejantes. Já o animal, cego devido ao fogo e às substâncias que escorrem em seus olhos, corre desesperadamente para todos os lados sem poder fazer nada além de sentir dor. O público aplaude e grita a cada movimento do animal, o seguindo para cada canto em que ele tenta fugir e, para piorar a situação de terror, alguns “corajosos” pulam para perto do animal e o provocam, o deixando cada vez mais aterrorizado. Completamente desesperado e já quase sem visão, o animal colide com paredes, postes e árvores, aumentando ainda mais seu sofrimento.
No fim, após 45 minutos de imensa agonia e com uma série de lesões e queimaduras por todo o corpo, sem a visão e sem fôlego para fugir, o touro morre em meio aos berros do público e sua carcaça é distribuída para a multidão, sendo que os mais “corajosos”, aqueles que pularam para perto do touro e o maltrataram diretamente, ganham um pequeno prestígio local. De acordo com moradores locais, o ar fica cheirando carne e pelo de animal por um longo tempo após a carnificina.
Apesar das autoridade da região terem dado um status especial de evento cultural para a festa, ativistas não pararam de lutar. “Em nossa época não deveríamos usar animais como entretenimento e a cultura não deveria ser utilizada como desculpa para crueldade contra eles”, diz o ativista Mark Jones.
No site Change é possível assinar uma petição para o fim desta prática. Segundo a página da petição, é inconcebível que um animal esteja no centro de um palco de tortura e, com a continuação da festa, a imagem da Espanha estará cada vez mais associada a esse tipo de crueldade a animais. A página também incita as autoridades espanholas a criarem leis mais eficazes contra a exploração animal e promove um boicote ao turismo na Espanha enquanto estas festas ainda estiverem em vigor.
O Petition Site e o PETA também estão promovendo petições para o fim do abuso de touros no Toro Jubilo.
No fim da matéria, um vídeo que mostra um pouco deste insano festival por ser visto.
Situação das touradas na Espanha atualmente
Na última semana o Ministro José Ignácio Wert entrou com uma medida para transformar as touradas na Espanha em patrimônio cultural. Ativistas espanhóis se revoltaram com a ação que foi considerada como “uma tentativa cínica do setor que se aproveita economicamente da exploração de touros, desesperado por assegurar um futuro para este esporte moribundo”. A popularidade das touradas cai junto com a popularidade de todas as festas com maus-tratos aos animais, na Espanha.
Manifestações acontecem por todo país e os organizadores enviaram uma petição com mais de 85 mil assinaturas para a Câmara dos Deputados pedindo o fim do “Toro de la Vega”, festa que tortura e assassina touros todos os anos na Espanha.
Fonte: ANDA
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