A empresa Backyard Brains disponibilizou os primeiros cyborgs comerciais à venda para
o público na última segunda-feira. A barata-robô (RoboRoach), como foi
apelidado já vem sendo utilizado há dois anos, mas só agora está sendo
comercializada. Seus inventores Greg Gage e Tim Marzullo deram uma
palestra nessa quarta-feira pra discutir onde e como a invenção se
encaixa na sociedade e a importância da educação neurológica já no
ensino fundamental.
Eles não
poderiam utilizar ratos nas salas de aula porque existe uma lei que
proíbe, então os insetos foram a melhor escolha, já que não sõ
protegidos por essa lei e tem neurônios que são similares aos humanos.
Vinte porcento da população mundial vai ser diagnosticada com algum
problema neurológico como Alzheimer ou Parkinson, e se você fosse
escrever quantas dessas doenças tem cura, você nem usaria sua caneta
porque nenhuma delas ainda tem cura” dizem os cientistas. É aí que os
dois acham que a barata-robô se encaixa. A companhia criada em 2009,
vende kits de baixo custo para transformar qualquer amador interessado
em neurocientistas. É claro que
o robozinho não é a cura para essas doenças, mas é uma fonte de inspiração.
Gage que
junto com seu parceiro começou a ensinar neurociência em escolas do
ensino médio e fundamental, diz que o objetivo era mostrar ás crianças
que eles poderiam ter uma carreira científica logo no começo de sua
educação. Ainda segundo Gage, o problema inicial era que a dupla estava
ensinando com modelos e exemplos feitos de
bolinhas, “a gente achava que estava fazendo um bom trabalho, mas as
crianças não estavam aprendendo de verdade, porque era mais divertido
jogar as bolinhas nos colegas de classe do que aprender sobre ciência”.
Então o truque
foi descobrir como fazer as “coisas incríveis” que eles faziam em seu
laboratório, portáteis o suficiente para levar para sala de
aula. Preparar a barata-robô exige um pouquinho de manobra cirúrgica e
precisão. Os usuários vão ter que inserir fios dentro da antena da
barata e colar uma “mochila” nas costas do inseto. A mochila se comunica
diretamente com os neurônios por meio de pequenos pulsos eletrônicos e
usando um aplicativo para Iphone você pode controlar o inseto
temporariamente.
Gage e Marzullo
lembaram que a barata-robô não é um brinquedo e sim uma ferramenta de
aprendizado, com ele os estudantes podem aprender mais á respeito do
controle e comportamento neurológico.
Gage diz que “o
objetivo principal pra nossa empresa é focar na neuro-revolução,
quando pessoas podem contribuir com a ciência assim como na matemática e
astronomia. Na computação por
exemplo, existem milhões de amadores que contribuem com a área porque o
acesso às ferramentas necessárias é acessível e barato. Não seria ótimo
se isso acontecesse também na neuro-ciência?”
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